A APFSC é uma instituição particular, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, cuja área de ação é a Serra do Caldeirão enquadrada nos concelhos de Loulé, São Brás de Alportel e Tavira.
Destina-se a todas as pessoas relacionadas com a silvicultura, singulares ou coletivas, públicas ou privadas, proprietários, rendeiros ou compartes em explorações florestais.
OBJETIVOS:
A Associação tem por objetivo a defesa e promoção dos interesses dos produtores e proprietários florestais e o desenvolvimento de ações de preservação e valorização das florestas, dos espaços naturais, da fauna e da flora, bem como, de uma maneira geral, a valorização do património fundiário e cultural dos seus associados.
No ano de 1995, na zona do Barranco do Velho, deflagrou um incêndio florestal que afetou 521ha de povoamentos de sobro em plena produção de cortiça. Posteriormente, no ano de 1999, arderam mais 518ha de povoamentos de sobreiro, atingindo ambos, os concelhos de Loulé e S. Brás de Alportel.
A ocorrência destes dois incêndios na Serra do Caldeirão deu origem a um elevado prejuízo sócio-económico, ambiental e paisagístico, que afetou mais de 600 proprietários gerando na população um movimento reivindicativo que solicitou aos diversos Organismos Públicos uma intervenção urgente na zona afetada.
Em resposta a este movimento, o Ministério da Agricultura através da Direção Regional de Agricultura do Algarve em protocolo com as Câmaras Municipais e Associações locais, consciente das dificuldades e limitações de uma intervenção rápida e suficientemente abrangente que depende unicamente da iniciativa privada, desencadeou através do programa INTERREG II, a criação de uma estrutura técnica, denominada Gabinete Técnico Florestal (GTF) com sede no Barranco do Velho.
O principal objetivo do GTF, consistiu em satisfazer as necessidades desta região e contribuir para a resolução de grandes problemas, tais como: a inexistência de cadastro rústico; a desatualização dos registos de titularidade e o fraccionamento das propriedades; fatores estes que dificultam o acesso aos incentivos financeiros e a intervenção florestal em grande escala.
O GTF prestou apoio técnico aos proprietários florestais e à população da região e elaborou Planos de Recuperação das áreas ardidas e um Plano de Ordenamento e de Desenvolvimento Local da área envolvente às zonas ardidas de aproximadamente 8 500ha.
A continuidade do trabalho do GTF foi possibilitado pela APFSC, através do financiamento do Programa AGRIS – Instalação de Organizações de Produtores Florestais. Pretende-se continuar a criar condições para que a Gestão Florestal Sustentável se torne uma realidade na Serra do Caldeirão, passando esta, por uma maior profissionalização dos agentes envolvidos no sector florestal em particular do sector suberícola.